sexta-feira, 29 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Palavras-chaves: Indicadores de Segurança e saúde do trabalho

"Os indicadores econômicos apontam o Brasil como o 9º maior consumidor e 10º maior
produtor mundial de cimento no ano de 2006. A produção brasileira de cimento alcançou o
patamar recorde de 41,9 milhões de toneladas em 2006, com aumento de 8% sobre o ano
anterior, superando, pela primeira vez o nível obtido em 1999. O desempenho apresentado
pela economia brasileira em 2007, assim como a implementação das obras constantes do
“Programa de Aceleração do Crescimento”, lançado pelo governo, aumentaram as
perspectivas de uma maior expansão desse consumo (SNIC, 2008).
Segundo Ayres et al (2008), a indústria de cimento desempenha papel relevante no
desenvolvimento da infra-estrutura econômica e social de uma economia.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do cimento – SNIC, esse segmento é
responsável por 23 milhões de empregos em todo o Brasil.
Com a industrialização acelerada em todos os países do mundo, somadas às necessidades
econômicas imediatas das empresas instaladas, são geradas agressões constantes ao homem e
ao meio ambiente, deixando, muitas vezes, nossos trabalhadores à mercê da sorte no que se
refere à segurança e à saúde ocupacional (LAGO, 2006).
Importante fator a se destacar nos setores produtivos é o relativo à Segurança e Saúde no
Trabalho – SST. Além da imposição legal, é dever social garantir um ambiente de trabalho
seguro e livre de agentes causadores de acidentes e doenças ocupacionais. A OIT (2008),estima que 6.000 trabalhadores morrem a cada dia no mundo devido a acidentes e doenças
relacionadas com o trabalho. Além disso, a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de
trabalho não fatais (que resultam em um mínimo de três dias de falta do trabalho) e 160
milhões de casos novos de doenças profissionais. O custo global destes acidentes e doenças
equivale a 4 por cento do PIB global, ou mais de vinte vezes o custo global destinado a
investimentos para o desenvolvimento de países.
Segundo Lago (2006), a segurança deve ser e é um fator decisivo na qualidade no processo
produtivo, pois, para atender à meta traçada a produção não pode ser surpreendida com
nenhum resultado indesejado, como os acidentes.
Os custos gerados pelos acidentes de trabalho são dificilmente calculáveis, devido às
inúmeras variáveis envolvidas. Entre elas, o custo humano e social, no entanto, os gastos
econômicos são os que possuem maior força de argumento e convencimento da importância
dos investimentos em segurança (BARKOKÉBAS et al apud LAGO, 2006).
Segundo enfoca Cicco apud Lago (2006), juntamente com a redução de custos, a gestão
efetiva da Segurança e Saúde do Trabalho – SST promove a eficiência dos negócios.
Com base nestas informações propôs-se a implantação de um sistema de gestão em segurança
e saúde do trabalho para a indústria, cujo programa piloto está sendo desenvolvido junto a
uma fábrica de cimento, atuante no setor da construção civil do Nordeste brasileiro".